Congresso de Estudos Euro-Brasileiros 2002 Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro

As sessões de encerramento do congresso no Rio de Janeiro incluiram encontros e solenidades que deram prosseguimento a eventos de anos anteriores, atualizando e fortificando laços entre pesquisadores e instituições para a organização de futuros projetos. Os trabalhos iniciaram-se com uma visita ao Museu do Índio da FUNAI. Após a recepção pelos representantes da entidade - a Sra. Ione Pereira Couto e o Dr. José Carlos Levinho - encontro no qual se considerou o trabalho comum já realizado, houve uma visita comentada à exposição do Museu dedicada às culturas indígenas da Amazônia. A seguir, os congressistas puderam tomar conhecimento dos métodos empregados pelo Museu na conservação de objetos indígenas.

No Mosteiro de São Bento, os congressistas foram recebidos pelo Abade, sendo por ele guiados através da clausura. Na biblioteca do Mosteiro, puderam observar os trabalhos de restauração ali desenvolvidos. A seguir, presenciaram uma véspera cantada pelos monges em Gregoriano. Essa visita ao Mosteiro serviu sobretudo para rememorar o IV° Simpósio Internacional de Música Sacra e Cultura Brasileira, ali levado a efeito em 1992.

O dia encerrou-se com uma excursão guiada pelo diplomata Sérgio Cunha ao Pão de Açúcar e com um jantar no Hotel Glória com a presença de representantes da vida musical e cultural do Rio de Janeiro.

No último dia do congresso procedeu-se à sessão solene de encerramento no Museu de História Diplomática do Palácio do Itamaraty do Ministério das Relações Exteriores. Os congressistas foram recepcionados pelo Sr. Luís Antonio Ewbank M.A. e por ele dirigidos pela casa. Nessa ocasião, salientou-se o papel do Barão do Rio Branco na história diplomática brasileira.

A sessão efetuou-se na Sala do Índio do Itamaraty. Após a saudação do representante da entidade, o Dr. Harald Hülskath agradeceu em nome da A.B.E. pela recepção e esboçou em poucas palavras o histórico e o objetivo da instituição. A Profa. Isolda Bassi-Bruch, em nome do I.B.E.M., leu a honrosa carta enviada pelo Duque de Bragança aos congressistas, na qual o herdeiro presuntivo da Coroa portuguesa salienta a importância da História para a construção do futuro. Seguiu-se um ato em memória à Profa. Cleofe Person de Matos, presidente de honra do I.S.M.P.S. pelo Brasil, falecida alguns meses antes do congresso. O presidente da A.B.E. apresentou então o IV° volume do projeto "As Culturas Musicais Indígenas do Brasil", desenvolvido desde 1992 com o apoio do ministério de relações exteriores da Alemanha. A seguir, passou a palavra a alguns colaboradores do projeto. A Profa. Dra. Julieta de Andrade manifestou-se em nome dos participantes dos estudos efetuados no Amapá, a Profa. Dra. Maria Augusta Calado Rodrigues e a Sra. Suely Brígido referiram-se aos trabalhos realizados no Brasil Central e o Sr. Peter Rodekuhr expôs os esforços dos estudantes alemães em colaborar com os pesquisadores brasileiros no estudo dos materiais coletados.

Após a sessão, os congressistas encontraram-se com representantes da vida musical e cultural do Rio de Janeiro em almoço oferecido no Hotel Glória. Discutiram-se projetos futuros. À tarde, realizou-se uma excursão ao Corcovado, encerrada com um jantar de despedida na tradicional confeitaria Colombo.

A apresentação dos resultados do congresso na Europa deu-se por ocasião de um concerto do conjunto "Alma Barroca" realizado na sala de conferências da A.B.E., em Colonia. Dele tomaram parte, além da saxofonista Maria Bragança, músicos vindos especialmente do Brasil, com viagem apoiada pelo Ministério da Cultura.